Os marketplaces foram popularizados no Brasil no início dos anos 2000. O modelo de negócio consiste em um site (ou aplicativo) que concentra várias lojas online na mesma plataforma. Por esse motivo, ele também é chamado de shopping center virtual.
Ou seja: um marketplace é basicamente uma plataforma onde produtos e/ou serviços de diversos negócios diferentes podem ser vendidos em um lugar só.
Para o consumidor, comprar nesse tipo de site pode ser vantajoso pela praticidade. Uma pessoa que está procurando um item e quer comparar os preços de várias lojas, por exemplo, pode fazer isso dentro de um único site – em vez de abrir vários sites diferentes.
Essa praticidade, aliada ao momento da pandemia, tem impulsionado o crescimento desse modelo de negócio. Nos primeiros seis meses da pandemia, os marketplaces faturaram R$ 30 bilhões, de acordo com uma pesquisa da Ebit | Nielsen – um aumento de 56% em relação a 2019. Eles representam, hoje, 78% do varejo online brasileiro.
Existem marketplaces de todos os tipos – dos mais gerais, que vendem de tudo, aos mais especializados, que concentram itens de um nicho específico. Em alguns dos maiores marketplaces brasileiros é possível encontrar produtos de diversos mercados (eletrodomésticos, itens de decoração, roupas, eletrônicos, ferramentas…), enquanto, em outros, só são vendidos artigos esportivos, por exemplo.
Ou seja: vender de tudo não é, necessariamente, uma característica desse tipo de negócio.
O que tornou os marketplaces tão populares?
O comportamento de compra do consumidor mudou. Se antes pesquisar produtos significava acessar diversos sites, fazer comparações entre eles e buscar as especificações técnicas, hoje o cliente pode comprar em plataformas que comparam os produtos para ele.
No marketplace é possível verificar as avaliações de outros compradores, visualizar comparações e fazer uma compra vantajosa em pouco tempo.
Para a loja online, por outro lado, anunciar em marketplaces significa pegar carona em um grande volume de tráfego (visitas no site) online. Afinal, os marketplaces têm muitos acessos mensais e isso torna possível que sua loja, mesmo desconhecida – com boas condições para compra em relação aos concorrentes – venda tanto quanto outra loja mais consolidada no mercado.
Qual a diferença entre e-commerce e marketplace?
A principal diferença entre e-commerces e marketplaces é o número de lojas. Enquanto e-commerces normalmente são a plataforma online de apenas uma loja – o que faz com que não exista concorrência entre um mesmo produto de uma mesma marca, por exemplo – os marketplaces trazem uma proposta mais ampla, com diversas lojas e concorrência entre elas.
Como os marketplaces lucram?
Para anunciar seus produtos em um marketplace, o lojista precisa se cadastrar na plataforma e cumprir alguns requisitos básicos que variam de site para site. Em troca da maior vitrine para os produtos, marketing e maior número de clientes potenciais, é cobrada uma taxa que normalmente incide sobre as vendas.
Quais são as vantagens do marketplace para lojas?
- Visibilidade: maior quantidade de visitas na sua loja;
- Custos: o marketplace inclui o marketing, tecnologia, meios de pagamento e isso diminui os custos operacionais;
- Mais vendas: o grande volume de visitantes aumenta suas possibilidades de vendas;
- Diversidade geográfica e de público: o marketplace extrapola as barreiras regionais. Com isso, você conseguirá atingir pessoas que talvez não conseguisse sozinho;
- Posicionamento orgânico no Google: por estar hospedada em um site de grande autoridade, seus produtos podem aparecer nas buscas orgânicas no Google, o que potencializa as vendas;
- Credibilidade: se você tem uma loja pouco conhecida, estar dentro de um marketplace famoso ajuda o consumidor a ganhar confiança na compra.
Quais são as desvantagens do marketplace para lojas?
- Pode gerar dependência da plataforma: seu produto não pode (ou não deveria) depender apenas da plataforma do marketplace para vender. O marketplace é mais vantajoso se for uma das formas de gerar faturamento para o seu negócio e não a única.
- Porcentagem de repasse: os marketplaces cobram percentuais pelas vendas e/ou taxas fixas para que as lojas estejam no catálogo. Dependendo de quanto é pago ou se há aumentos inesperados ou pouco volume de vendas, essas taxas podem reduzir a sua lucratividade;
- Pouca relação do cliente com a sua marca: ao comprar em um grande marketplace, o cliente associa a compra à marca do marketplace, não à sua.